Ponte do Bósforo, Turquia, une continente europeu e asiático

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Como não educar uma criança (ou criar um delinquente)

Powerpoint realizado a partir de sugestões da polícia americana... Clicar aqui

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Teoria das Restrições para Resolver Conflitos no Mundo Real?

A Teoria das Restrições oferece, acima de tudo, "Soluções simples para problemas complexos". Inicialmente, a TOC trabalhou para descobrir e corrigir o Problema Principal, uma causa comum de muitos dos problemas no sistema. Agora, os Processos de Raciocínio da TOC levam diretamente ao conflito principal. O conflito principal é a causa do problema principal.

Eli Goldratt é um físico lógico e costuma colocar as coisas em termos científicos. "Veja", ele diz, "quando os cientistas vêm coisas no mundo material que conflitam, eles sabem que alguém fez uma suposição errada. Eles sabem disso porque sua PRIMEIRA suposição é que o mundo material não pode estar em conflito. Pode haver somente uma resposta." (Embora ele não tenha discutido este exemplo, esta é a razão pela qual a mecânica quântica causou tanto tumulto entre os cientistas. Ela realmente permitiu que um gato (figurativamente) pudesse estar vivo e morto ao mesmo tempo; um conflito. Não estou certo se eles resolveram este conflito ainda. Ele fez Einstein dizer: "Deus não joga dados com o Universo.")

(Clicar aqui para ler restante)

Técnicas de resolução de conflitos

Resolução de conflitos aplicada à relação conjugal?! (Clicar aqui para ler)

Técnicas de resolução de conflitos

"A existência de conflitos, no âmbito de uma empresa, e como lidar com eles, comporta que se pergunte: Evita-los ou tentar uma negociação, a procura de os solucionar, com objetividade? Colocar panos quentes, como paliativo - ou, para saná-los, usar de autoritarismo?

Encerram uma técnica as perguntas em tela, que utilizada, tornou-se clássica no sentido de os conflitos poderem ser resolvidos a contento. Não sem antes sublinhar que a escolha e aplicação da solução passa a depender de fator conjuntural. Daí afirmar-se que a técnica de resolução de conflito precisa ser escolhida sob medida.

Antes de analisar formas de resolução de conflitos, há que se relembrar poderem ser seus efeitos negativos ou positivos. O conflito é benéfico se propicia aumento de produtividade ou quando funciona como catalisador para atingir metas; é prejudicial, se revelado o efeito oposto , ao fazer com que o trabalho perca seu impulso ou ao criar situações que resultam em desperdícios de esforços." (Clicar aqui para ler restante).







Resolvendo conflitos

Página de recursos sobre resolução de conflitos com material prático e bem organizado (clicar aqui)

Conflito não é necessáriamente mau

O facto de que os conflitos existem não são necessariammente algo negativo/mau. Desde que resolvido de maneira efectiva pode conduzir a um crescimento pessoal e/ou profissional (Clicar aqui para ler link original em Inglês)...

Lições sobre resolução de conflitos para os mais novos

Algumas lições sobre resolução de conflitos (clicar aqui) com material/ideias para organizar as sessões...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Vivemos numa sociedade de sociopatas

18/4/2007 15:46

Com o avanço científico, novas formas de entretenimento e o acesso ao computador, o meio mais rápido de comunicação, o que não é de hoje, vale ressaltar, o homem esqueceu-se de si próprio enquanto eu, enquanto a descoberta do seu ego e enquanto ser de um universo cada vez mais amplo e infinitésimo. Respostas antes questionadas e não respondidas eram até então deixadas de lado, pois a correria da vida moderna não permitia ao indivíduo dar-se ao luxo de buscar estas respostas que estavam adormecidas em seu inconsciente.

As patologias sociais derivam de traumas reprimidos em algum momento da vida da pessoa e ficam guardadas em seu inconsciente, manifestando-se em outras fases de sua vida adulta, segundo a visão psicanalítica e de acordo com a psicóloga Andréa Figueiredo Fernandes. Entre ?as patologias sociais estão as fobias como o medo de sair à rua devido a um trauma causado por um assalto ou por um sequestro. Nestes casos as pessoas adquirem um comportamento de medo, choro, os batimentos cardíacos se alteram e elas passam a se sentirem perdidas, fruto do transtorno pós-traumático. Outro caso são os condutores de carro que desenvolvem e aumentam a agressividade no trânsito muitas vezes causando vítimas fatais. Ainda de acordo com a psicóloga Andréa esses comportamentos são involuntários. Outro tipo de sociopatia são as pessoas que têm um prazer sórdido em fazer um subalterno, por exemplo, ser motivo de humilhações na frente de colegas de trabalho ou de outras pessoas mais próximos a ele e usar frequentemente um tipo de ritual para constrangê-lo?. Estas pessoas descarregam suas frustrações inconscientemente e se tornam sociopatas contumazes, o que requer um tratamento psicoterapêutico para que elas voltem ao convívio social.

Casos mais preocupantes para a sociedade são o avanço das agressões físicas e morais que muitos professores estão tendo de alunos rebeldes, rudes, mal educados e que estão certos de que não sofrerão nenhuma punição das instituições educadoras. A sociedade não pode conviver com esses tipos transgressores, que destilam suas ?mutações psico-afectivas? como se fossem meros portadores de distúrbios afectivos. Cabe também à família estar atenta para qualquer comportamento anormal apresentado por este ou aquele jovem, seja ele de que classe social pertença e tomar os devidos cuidados para sua reintegração na sociedade, buscando ajuda em instituições públicas ou particulares.

É muito fácil dizer por aí que ?hoje acordei de pá virada? e ?inconscientemente sair metralhando? aqueles que encontramos em nosso caminho, sem que tenhamos culpa alguma de traumas ou frustrações escondidas em inconscientes alheios aos nossos. Outra visão, segundo o psicólogo clínico António Melo Marques numa visão transpessoal, as sociopatias derivam da falta de condição afectiva do indivíduo de se projectar para fora de si e ver o outro como ele realmente é, com dramas, dificuldades e fragilidades comuns. O sociopata então por ser um indivíduo que em si tem um obstáculo de amar universalmente, fica preso a formas primitivas de amar, exigindo do outro uma compreensão que ele não tem sobre si próprio. É aí que ele ultrapassa os limites e age como se tivesse todo o direito de fazê-lo, como se fosse o dono do mundo, porque ele acha que a sociedade deve a ele esse modo de agir, gerando assim suas fobias, seus comportamentos nem sempre voluntários.

São duas opiniões, sem sombras de dúvida de que o ser humano não se domina de seus instintos mais primitivos e acaba cometendo uma série de transgressões que maltratam, injustiçam, amedrontam, enraivecem-nos e faz-nos reflectir que infelizmente não estamos preparados para tratar o outro como queríamos que fôssemos tratados.Os escândalos que abalaram a sociedade ultimamente são frutos de sociopatias destrutivas e conscientes de quem as produziu e devem ser punidas como exemplo de que o mal não vence o bem e o que está errado dentro do ser humano deve ser corrigido imediatamente para que a sociedade possa erradicar esses sociopatas urgentemente.

Mas, nunca é hora para tentar mudar o que há de errado conosco, pois como uma amiga da autora do artigo diz: "o que não presta tem que ser retirado, assim como as ervas daninhas que crescem no meio das boas ervas."

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Violência no namoro

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Comportamento. Uma série de estudos de uma equipa de psicólogas da Universidade do Minho mostra que a violência nas relações amorosas nos jovens entre os 15 e os 25 anos atinge níveis preocupantes e idênticos aos verificados entre os adultos. Um dos aspectos mais alarmantes é que essa violência é cada vez mais precoce e por vezes aceite como 'natural' pelos próprios, incluindo o sexo forçado Problema atinge o mesmo nível que entre os adultos Existe "tanta violência" no namoro entre jovens dos 15 aos 25 anos como no casamento: 25% já foram vítimas de violência na relação. Mas o "fenómeno é ainda mais preocupante" nas novas gerações, que começam a agredir-se cada vez mais cedo, no ensino secundário e profissional. Pior, chegam a tolerar a violência sexual, pois, para eles, "relações sexuais forçadas não são o mesmo que violação, nem sequer são crime". O alerta é de Carla Machado, coordenadora de um projecto nacional sobre este fenómeno.

Para esta investigadora da Universidade do Minho (UM), em Braga, a violência "não é coisa de adultos que desaparece com a mudança de geração". A resposta encontrou-a no seu estudo sobre "violência física e psicológica em namoro heterossexual" - o mais avançado de sete de uma ampla investigação que está a coordenar com as psicólogas Marlene Matos e Carla Martins sobre "violência nas relações de intimidade" em jovens dos 15 aos 25 anos.

Em co-autoria com a psicóloga Sónia Caridade, a psicoterapeuta identificou níveis de violência física e psicológica no namoro muito próximos dos encontrados num outro estudo desenvolvido em 2003, no Norte do País, junto de 2900 adultos, mas em contexto conjugal.

A percentagem de vítimas chega a ser a mesma: dos agora 4730 jovens dos ensinos secundário, profissional e universitário, e que abandonaram a escolaridade inquiridos em todo o País, 25 % foram vítimas, pelo menos uma vez, de um comportamento abusivo da parte do companheiro ou companheira.

Dessas vítimas, 20% sofreram violência emocional (insultos, ameaças, jogo psicológico e coerção) e 14% agressão física. Dos 4730 jovens, 30% admitiram ter agredido o parceiro, sendo 23% agressão física, 18% emocional e 3% física severa. Nesta amostra, 58% são raparigas e 42% são rapazes.

Mas, o mais "alarmante" para esta psicoterapeuta da Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça da UM, na área da intervenção individual e em grupo com vítimas de crimes, é haver uma maior prevalência de maus tratos físicos severos na população mais jovem - ainda no secundário. Os rapazes são os que agridem com maior gravidade (sovas, murros e pontapés). Já na pequena violência, não há diferença de género e vale tudo, desde insultos, bofetadas, empurrões, puxões de cabelos e até ameaças.

"Em geral, vítimas e agressores não percebem que a violência não é aceitável." Muitos deles "toleram" e chegam a "desculpabilizar" a violência, sobretudo quando ela é menor.

"Só fez aquilo porque estava descontrolado, perdeu a cabeça" ou "o descontrolo é porque tem medo de a perder. Não é violência". São frases que Carla Machado e Sónia Caridade recolheram junto dos 49 jovens dos grupos de reflexão deste projecto, que foram constituídos depois da aplicação do questionário aos primeiros 4730.

Alguns afirmaram que "violência sexual no namoro não existe. Agora, relações sexuais forçadas, já são outra coisa". Ou até: "Se eles namoram, não acho que seja violência sexual." Alguns não vêem mal nos apalpões, toques contra a vontade da vítima e a pressão para ter relações sexuais, que estão longe de serem violação, algo que já consideram errado. O ciúme é tido como prova de amor. De resto, os níveis de violência física e psicológica no namoro são muito parecidos com os identificados nos outros países.|

Universitários violentos no namoro

Publicado: 26.05.2006

Abuso físico entre jovens casais universitários é cada vez mais frequente. Rapazes e raparigas são igualmente vítimas e agressores.

Os estudos publicados sobre a temática "violência no namoro" datam de 2003 e 2004, mas são representativos da realidade actual. Cerca de 16% dos jovens universitários com relações amorosas admitiram ter sido vítimas de um acto abusivo e 22% admitiram ter adoptado esse acto sobre o parceiro.

O tipo de violência mais frequente é a chamada "violência menor" (um empurrão, uma bofetada), enquanto que a violência física mais grave é a menos frequente (4%).

Dos inquéritos realizados para estes estudos conclui-se que não há diferenças de géneros, ou seja os rapazes e as raparigas são igualmente vítimas e agressores. Mas enquanto que os rapazes são violentos por causa do ciúme, do amor e das "provocações" femininas, as raparigas são-no por causa do ciúme, do amor e da intimidação dos namorados.

As vítimas normalmente não pedem ajuda às instituições de apoio e só 9% recorre aos tribunais. Quando pedem ajuda, preferem os amigos (67%) e as mães (17%).

Estes dados constam do "Violência no Namoro: Prevalências e Intervenção em Portugal", da autoria de Carla Machado, investigadora do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho (UM). A amostra foi constituída por 500 estudantes da UM, seleccionados aleatoriamente entre os cursos que têm mais representação de mulheres e de homens.

O estudo está agora a ser alargado a nível nacional, em outras universidades públicas, escolas secundárias e escolas profissionais, no âmbito da tese de doutoramento de uma professora da U.M. Apesar de ainda não estar concluído, mostra já uma taxa de 20% de casos de violência entre jovens casais universitários do Porto.

Para evitar comportamentos violentos, "precisamos disponibilizar nas escolas (que é onde estão os jovens) informação sobre estas matérias e sobre locais para onde se possam dirigir, porque não há serviços especializados para jovens", disse Carla Machado ao JPN. "Era fundamental falar destes temas e disponibilizar informação sobre esta matéria para estas pessoas poderem pedir ajuda", conclui.

Ana Sofia Coelho

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Dulce Rocha: "A mediação escolar é essencial para sinalizar casos de maus-tratos"





Link original aqui
Sara R. Oliveira| 2008-04-01
Educare.pt

A ex-presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco garante que hoje há mais e melhores instrumentos para punir crimes contra menores, mas que ainda há um caminho a percorrer para alcançar a desejável tolerância zero.

A comunidade educativa tem um papel fundamental na denúncia de casos de maus-tratos. Dulce Rocha, que assumiu a presidência da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco entre 2003 e 2005, actual presidente executiva do Instituto de Apoio à Criança (IAC), revela que têm sido dados passos importantes nas matérias que envolvem menores, mas admite que há questões que merecem um olhar mais atento.


A responsável lamenta que a impunidade continue a prevalecer. Mesmo assim, Dulce Rocha sublinha que a sociedade está mais desperta. "Quer-me parecer que há já consciência de que a pobreza é um factor de risco", exemplifica. Na sua opinião, a formação nesta área, sobretudo dos magistrados, é imprescindível para que os diagnósticos sejam mais correctos e as decisões ajustadas.

Dulce Rocha é magistrada do Ministério Público desde 1981. Em 1991, inicia funções como curadora de menores no Tribunal de Menores de Lisboa. Entre 1996 e 1999, coordena a Comissão Nacional dos Direitos da Criança, que elaborou o relatório sobre a aplicação da convenção em Portugal. Em Outubro de 2001, integra a delegação portuguesa enviada ao Comité dos Direitos da Criança em Genebra e, em Junho de 2003, é nomeada pelo Procurador-Geral da República para integrar um grupo de trabalho que, a nível europeu, investigou os abusos sexuais de crianças. Em Maio de 2003, é nomeada para membro do Conselho Técnico e Científico da Casa Pia.

EDUCARE.PT: Defendeu o alargamento do conceito de perigo na lei de protecção de crianças e jovens. Um conceito que possa funcionar preventivamente. Está tudo igual ou têm sido dados passos nesse sentido?
Dulce Rocha: Ainda não foi possível esse alargamento, mas tenho muita esperança de que o Parlamento aceite uma proposta do Instituto de Apoio à Criança (IAC) que, justamente, defende um conceito mais alargado de conteúdo preventivo, na medida em que conseguirá evitar que crianças em situações de perigo sejam efectivamente vitimadas.

Refiro-me àqueles casos em que, não tendo havido exercício da função parental, outrem se substituiu aos pais nas suas responsabilidades quotidianas de cuidado, e em que se desenvolveram relações psicológicas profundas entre a criança e essas pessoas que são as suas figuras de vinculação e de referência.

O IAC preconiza a inclusão dessas situações na Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo, por forma a prevenir gravíssimos danos psicológicos na criança, caso seja decidida a ruptura desses laços afectivos no âmbito de uma acção de regulação do exercício do poder paternal, por considerar não ser esta a acção própria em casos de não exercício prolongado das responsabilidades parentais. A acção de promoção e protecção mostra-se mais adequada, sendo urgente a consagração legal expressa do direito da criança à preservação das suas ligações psicológicas profundas.

E: Há impunidade em casos de maus-tratos e abusos sexuais de crianças? O que pode ser feito para alterar a situação? Os crimes contra menores só prescreverem quando as vítimas tiveram 18 anos poderá ser uma das soluções?
DR: Lamentavelmente, é minha convicção que a impunidade continua a ser a regra, embora seja notória uma maior consciencialização da comunidade, que cada vez denuncia mais casos. Houve porém uma evolução muito positiva, visto que, ao contrário do que sucedia há bem pouco tempo, a maioria dos crimes contra crianças tem agora natureza pública, com um prazo de prescrição bastante mais longo, o que significa que o nosso legislador passou decididamente a considerar de interesse público o bem-estar das crianças. A natureza semipública destes crimes indiciava uma inadmissível indiferença perante o sofrimento das crianças, que ficavam inteiramente sozinhas quando o agressor fosse o pai ou a mãe.

Por outro lado, a exigibilidade da queixa, quando a vítima fosse uma criança, conduzia a uma situação extraordinária, que era a de permitir a extinção do direito de queixa aos dezasseis anos e meio em casos gravíssimos de abusos sexuais prolongados. Creio que hoje temos mais e melhores instrumentos para punir estes crimes, embora ainda estejamos longe da tolerância zero que desejamos.

E: O que tem faltado para que os direitos das crianças tenham o lugar que merecem na Constituição portuguesa, uma vez que não entram no artigo que define as obrigações fundamentais do Estado?
DR: O reconhecimento da criança como sujeito de direito e de direitos é muito recente, pelo que, na prática, e designadamente a nível das decisões administrativas e judiciárias, constatamos que os direitos dos adultos continuam a ter um valor superior. Por vezes, sem se darem conta, os nossos decisores e também os nossos deputados desconsideram a criança, não valorizando, da mesma forma, a sua vontade, os seus sentimentos, as suas emoções, do que é exemplo a exclusão da sua voz.

Tem havido, por isso, não só em Portugal mas no mundo inteiro, um movimento no sentido de ouvir a criança, particularmente desde a aprovação da Convenção sobre os Direitos da Criança, e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) tem proferido decisões históricas sobre essa matéria, o que é bem significativo do que ainda há a fazer.

Quanto ao artigo 9.º da Constituição da República, na próxima revisão constitucional, estou convencida de que integrará essa alínea tão necessária que diga caber ao Estado, como tarefa fundamental, a protecção da criança.

E: A especialização dos magistrados na área dos direitos da criança continua a ser uma miragem?
DR: Ainda não temos especialização de magistrados. Nem temos ainda sequer a cadeira de Direitos da Criança nos curricula da formação inicial das faculdades de Direito, mas temos de reconhecer que estamos bem melhor do que há uns anos. Tem havido um esforço por parte de alguns docentes universitários, no sentido de organizarem cursos de pós-graduação sobre Direitos da Criança, que têm sido muito interessantes e com elevada frequência. Também aqui será a progressiva consciencialização da importância dos conhecimentos científicos que conduzirá à assunção das aquisições cognitivas como uma necessidade e uma exigência do século XXI.

E: Os portugueses têm, de facto, noção das situações que são consideradas de risco para os menores? Por exemplo, que viver em habitações degradadas ou faltar consecutivamente à escola são também factores que entram nesse conceito?
DR: Creio que sim. Quer-me parecer que há já consciência de que a pobreza é um factor de risco, que será tanto mais relevante quanto for associado a outros factores, de cuja conjugação pode resultar o perigo concreto para uma criança.

E: O papel e a intervenção das comissões têm sido, em alguns casos, colocados em causa. Como analisa as críticas quando algo corre mal?
DR: Depende muito do caso concreto. Por vezes, podemos assistir a críticas injustas, mas poderá também ser um sinal de que a comunidade está mais exigente para com as suas estruturas de decisão, particularmente quando estamos perante situações dramáticas de crianças que perdem a vida depois de alguém ter denunciado maus-tratos, por exemplo. É por isso que é fundamental a formação. Quanto mais soubermos, mais facilidade haverá em diagnosticar correctamente e tomar decisões ajustadas e atempadas, que evitem o prolongamento do sofrimento das crianças.

E: Falta mais poder para que as comissões possam actuar atempadamente? Em tempos, chamou a atenção para o facto de essas estruturas só poderem actuar caso os pais consintam...
DR: O consentimento dos pais é necessário, por imposição constitucional. Só os tribunais podem agir sem consentimento dos pais. Por isso, entendo que há situações que deveriam manter-se sob reserva dos tribunais e que são as que consubstanciem a violação de direitos fundamentais. Entendo que deve ser a natureza das acções praticadas que deve determinar a entidade competente para decidir e não a questão do consentimento, porque isso é, afinal, colocar frequentemente - sempre que seja o pai ou a mãe - o agressor a decidir sobre qual a entidade que vai apreciar o caso, o que é perverso, sob o meu ponto de vista. Será dar poder a quem utilizou abusivamente o poder paternal, visto que este lhe foi dado no interesse do filho. Ou seja, nos casos mais sérios de violação dos direitos fundamentais (maus-tratos e abuso sexual pelos pais), que se traduzem em enormes conflitos de interesses entre a criança e o adulto, os tribunais, que são os órgãos de soberania que a civilização criou para decidir os conflitos graves, não estão presentes. Creio ser indubitável que esta é uma demonstração de que há efectivamente uma desvalorização da criança, visto que, apesar do movimento actual de desjudicialização, não se admite, por exemplo, que um divórcio litigioso seja apreciado pelo conservador do Registo Civil.

E: Defender a prevalência da relação afectiva sobre a biológica na atribuição das custódias é um critério objectivo ou subjectivo?
DR: Actualmente, já não podemos opor a relação afectiva à biológica, porque a biologia integra também os afectos. Será por isso mais rigoroso falar da oposição entre relação afectiva e genética. É, sem dúvida, um critério objectivo, fundado nos conhecimentos científicos actuais. Aliás, o próprio TEDH tem dito que a relação biológica só releva para efeitos de protecção do direito à família se for acompanhada das responsabilidades financeiras e também das responsabilidades quotidianas de cuidado e afecto com a criança, que são imprescindíveis para o seu desenvolvimento equilibrado e saudável.

E: Que papel deve ter a comunidade educativa nas questões dos riscos, até pela proximidade que mantém com as crianças?
DR: A comunidade educativa desempenha um papel fundamental, visto que está presente diariamente na vida da criança, o que lhe dá uma responsabilidade muito grande no seu desenvolvimento.

E: Faltam estruturas ou apoios nos estabelecimentos de ensino para que os casos sejam sinalizados atempadamente?
DR: O IAC tem entendido que a mediação escolar é essencial para sinalizar não só casos de maus-tratos que devem ser participados às comissões de protecção, mas também para trabalhar casos de absentismo escolar e até de violência entre pares. Para o efeito, o IAC tem incentivado a criação de gabinetes de apoio ao aluno e à família em todo o país.

E: Como analisa a mediatização dos casos mais complexos e que envolvem crianças? Há vantagens ou desvantagens?
DR: Poderá haver desvantagens derivadas do excesso de exibição de determinado caso em concreto e do tratamento desadequado devido à busca de sensacionalismo da notícia. Mas creio que as vantagens da denúncia superam largamente as desvantagens, pois o que de pior pode haver é a indiferença motivada pelo silêncio.

E: Essa mediatização pode contribuir para que haja mais denúncias?
DR: Não tenho dúvidas de que a notícia dos casos facilita as denúncias, quer de terceiros, quer das próprias vítimas.

E: Portugal tem uma rede de instituições de acolhimento de crianças eficaz?
DR: Tem-se feito um esforço grande, nos últimos anos, para melhorar o acolhimento, humanizando-o e tornando-o mais seguro, designadamente através de formação adequada, com vista a retirar-lhe definitivamente algum cariz tipo asilar que ainda subsistia. Creio que poderemos dizer, também aqui, que houve uma evolução muito positiva nesta área, mas claro que podemos sempre aperfeiçoar a qualidade do acolhimento. E as instituições têm sido extraordinárias porque são, muitas vezes, as primeiras a querer prestar cada vez melhores serviços e a mostrarem-se disponíveis para mudar, mostrando saber que a ética do cuidar é sobretudo uma responsabilidade.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Congresso procura diferenciar conceitos de violência escolar e de «bullying»

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2008-04-02

Um professor da Universidade de Évora (UE), Vitor Franco, garantiu hoje que nem tudo o que é violência escolar pode ser encarado como Bullying, defendendo a necessidade de clarificar os dois conceitos

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“Muitas vezes, o termo 'bullying' é mal usado porque nem tudo o que é violência escolar é 'bullying'. Este é um tipo de violência que envolve uma espécie de perseguição", esclareceu Vítor Franco, em declarações à agência Lusa.

Ainda de acordo com o docente da UE, o "bullying" e a violência escolares são fenómenos “estudados há muito tempo nos Estados Unidos da América (EUA)” e que “têm sido amplificados, agora, pela comunicação social".


Os dois conceitos vão ser debatidos em Évora no XV Congresso Internacional da Associação de Psicologia da Infância e Adolescência (INFAD), que arrancou hoje e termina sábado, subordinado ao tema “Psicologia e Relações Interpessoais no Ciclo de Vida”.

O congresso, segundo Vítor Franco, presidente da comissão organizadora, dedica parte das comunicações dos quatro dias às “relações interpessoais no contexto escolar", abordando casos recentes de violência escolar, à luz da psicologia.

"Violência escolar e bullying: novos riscos e novos desafios de intervenção" é um dos temas em análise, a cargo da professora Rosario Ortega-Ruiz, da Universidade de Córdoba (Espanha).

A docente “vai falar de um tema bastante actual”, salientou Vítor Franco, considerando que o congresso é uma oportunidade para diferenciar os conceitos de violência escolar e de “bullying”.

Uma outra comunicação relacionada com a temática, acrescentou, é a de Feliciano Veiga, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, sobre as "Interacções e direitos psicossociais percepcionados por jovens alunos".

"A intenção destes congressos é ir à procura dos problemas que a sociedade vive e perceber como a psicologia olha para eles e se está atenta a esses problemas, para poder discuti-los e apresentar soluções", concluiu Vítor Franco.

Também o campo das relações interpessoais nos contextos social e familiar são objecto de análise no congresso, que decorre na universidade alentejana. A professora Lídia Weber, da Universidade do Paraná (Brasil), aborda os "Estilos parentais e desenvolvimento infanto-juvenil", enquanto que o professor Júlio Machado Vaz, da Universidade do Porto, desenvolve a temática da "Sexualidade e envelhecimento".

No XV Congresso Internacional INFAD estão presentes mais de 250 participantes de Portugal, Espanha, Itália, Brasil e de outros países latino-americanos, sendo apresentados 230 trabalhos de investigação sobre diversas áreas temáticas.

A iniciativa resulta da organização conjunta do Departamento de Psicologia da UE e da associação INFAD, uma sociedade científica constituída por professores e investigadores das faculdades de psicologia de Espanha.

Violência Escolar e Crise da Família

Especialistas em educação defenderam hoje que o aumento da violência escolar se deve em parte a uma crise de autoridade familiar, onde os pais renunciam a impor disciplina aos filhos, remetendo-a para os professores.

Vários especialistas internacionais estão reunidos na cidade espanhola de Valência a analisar até sábado o assunto "Família e Escola: um espaço de convivência". Os participantes no encontro, dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas, o que obriga a "um esforço conjunto da sociedade".

"As crianças não encontram em casa a figura de autoridade", um elemento fundamental para o seu crescimento, disse na conferência inaugural do congresso o filósofo Fernando Savater. "As famílias não são o que eram antes, um núcleo muito amplo e hoje o ú nico que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa", sublinhou. Para Savater os pais continuam a "não querer assumir qualquer autoridade", preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos "seja alegre" e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinar quase exclusivamente para os professores.

No entanto e quando os professores tentam ter esse papel disciplinador, "são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que intentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os". "O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar", sublinha. Savater acusa igualmente as famílias de pensar que "ao pagar uma escola " deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão "psicologicamente esgotados" pela situação e se convertem "em autênticas vítimas às mãos dos alunos".

Os professores, afirma, não podem ser deixados sós, e a liberdade "exige um componente de disciplina" que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade. "A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara", afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, "uma oportunidade e um privilégio". "Em algum momento das suas vidas, as crianças vão encontrar disciplina" , disse.

Em conversa com jornalistas, Savater explicou que é essencial perceber que as crianças hoje não são mais violentas ou mais indisciplinadas que antes, m as que hoje "têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos". "Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia", afirmou. Daí que mais do que reformas aos códigos legislativos ou às normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo que "mais vale dar uma palmada, no momento certo" do que permitir as situações que depois se criam. Como alternativa à palmada, oferece outras, como suprimir privilégios, alargar os deveres ou trabalhos de casa.

(Ler aqui)

Agência LUSA
2006-11-10 11:57:13

Violência Escolar e Preparação dos Professores

Entrevista ao presidente do Observatório Internacional para a Violência Escolar
Eric Debarbieux: “Os professores não são treinados para agir em caso de violência”
22.06.2008 - 07:57 Bárbara Wong

Clicar aqui para ler original

A violência não está a aumentar, diz Eric Debarbieux, professor de Ciências da Educação da Universidade de Bordéus, em França. Mas é preciso agir, não com medidas repressivas, mas pensadas a longo prazo. É presidente do Observatório Internacional da Violência Escolar, uma organização não governamental “científica”, uma “federação de investigadores” de 52 países, que faz estudos e recomendações aos Governos. A quarta conferência internacional decorre entre amanhã e quarta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Qual é o grau de influência do Observatório Internacional da Violência Escolar nas políticas dos países?

O nosso objectivo é ter influência, dizer o que está certo e errados nas políticas públicas. Por exemplo, sabemos que o melhor caminho não é ter políticas de repressão nas escolas e dizemos isso. O que não significa que sejamos ouvidos pelos políticos. A violência na escola é um tópico inconveniente que é recorrentemente recuperado pelos média e pelos políticos, que exageram sobre as suas causas e os seus efeitos. Contudo, a investigação mostra que a violência na escola não está a aumentar.

Não está a aumentar?

Vou dar um exemplo: Recentemente um país africano pediu-nos para fazermos um estudo. O observatório concluiu que o problema era as crianças não irem à escola, sobretudo as raparigas e recomendamos que o investimento devia ser feito na sua educação. É claro que não ficaram satisfeitos. A razão científica nem sempre é palavra de acção, mas é essa a nossa função.

A violência escolar vai da agressão verbal aos massacres nas escolas?

Os tiroteios não são um problema real. Nos EUA, os estudos dizem que o risco de um aluno ser vítima de um tiroteio é de um para um milhão, no entanto, 80 por cento dos estudantes tem medo de ser vítima. O verdadeiro problema é a violência continuada e repetida, a que chamamos bullying, sobre alunos, mas também sobre professores. Por vezes, pensa-se que não é importante, que é uma coisa pequena, mas sabemos que as consequências são muito graves para as suas vítimas. Há pesquisa que mostra que uma vítima de bullying pode tentar o suicídio mais quatro vezes do que alguém que nunca sofreu bullying na escola. É contra esta pequena violência que temos de lutar.

É diferente de país para país?

Há países onde há problemas graves de violência escolar. Em África, no Burkina Faso, 37 por cento das raparigas já foram vítimas de abusos sexuais por parte dos professores. Outro problema são os castigos corporais, nos EUA há 18 estados onde ainda são permitidos. Sabemos que as consequências podem ser nefastas. Por exemplo, grande parte dos tiroteios dentro de escolas é nesses estados onde os professores podem bater nos alunos.

Disse que a violência escolar não está a aumentar, mas são tornados públicos cada vez mais casos. Porquê?

Em França, a média do número de alunos vítimas de bullying não está a aumentar, mas se observarmos as escolas dos subúrbios, de zonas mais frágeis em termos sócio-económicos, a violência escolar está a crescer. Na Europa, a violência na escola está ligada à exclusão social e é um assunto que a democracia deve combater. Mas não é assim em todos os países.

Quer dizer que a violência pode não estar ligada à exclusão?

Em muitos países pobres africanos e da América Latina a violência escolar não é um problema porque a comunidade protege a escola. Para ela, a escola é um capital social, é uma oportunidade para sair da pobreza, enquanto noutros países, na Europa e EUA, a escola é vista como um inimigo. No Brasil, nas favelas onde não há saneamento, a escola é o único bem e os professores têm até 80 alunos na sala de aula e não há problemas de violência.

Significa que depende do contexto onde a escola se encontra?

É o que vamos discutir neste congresso: A violência em contexto. Como é que o contexto pode fazer parte da solução? Sabemos que há dezenas de milhares de alunos, em todo o mundo, que odeiam o clima escolar.

Porque a escola continua a ser igual desde a revolução industrial e recebe públicos para os quais diz não estar preparada?

Os professores não são preparados para intervir. Por exemplo, uma hospedeira é treinada para reconhecer o stress de um passageiro, um quadro bancário para a gestão e dinâmica de grupo, e os professores não. Em termos políticos, é uma prioridade repensar a formação. A maneira como se gerem os conflitos é muito importante, há necessidade de formar os professores também para trabalhar em equipa. Se não houver esse trabalho de equipa, a porta da escola está aberta para entrar a cultura de violência. Não podemos mudar a família ou a sociedade, mas podemos mudar a maneira como se trabalha na escola. A pedagogia pode contribuir para a solução.

Os alunos precisam de gostar da escola?

O sentimento de pertença à escola é uma das chaves. Se um professor ou um aluno está isolado, corre maior risco de ser vítima de violência. Por isso, é preciso apostar na boa convivência escolar. É uma necessidade criminológica para nos proteger da violência escolar, porque os agressores não são corajosos, são jovens que atacam e roubam os da mesma classe social. Se há uma equipa a funcionar na escola, as agressões podem reduzir-se.

E as câmaras de vídeo ou a polícia à porta da escola?

Há escolas com os portões fechados e videovigilância. São meios que podem tornar-se perigosos porque os alunos interpretam que a escola os quer vigiar e controlar, bem como aos amigos e à família. O desafio é evitar a violência de exclusão, ou seja, aquela que é feita fora da escola contra a polícia, os transportes públicos, os bombeiros, porque essa é mais difícil de controlar. As escolas devem criar regras claras contra o bullying.

Quais devem ser as responsabilidades dos governos?

Formar professores para saberem gerir conflitos. Tomar medidas de apoio às vítimas, mas também de apoio aos agressores. Não basta agitar o cassetete, os Governos devem dar uma resposta que não seja dura e imediata, mas de longo prazo. Os governantes sentem um enorme fascínio pela repressão da violência extrema e isso deve-se à pressão mediática. Não há imagens da pequena violência, diária e repetida; mas há das consequências de um tiroteio num liceu norte-americano, que passam repetidamente na televisão. As políticas públicas devem dirigir-se à pequena violência.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

domingo, 20 de abril de 2008

Como Se Lida Com O Bullying em Espanha

Condenada por la agresividad de su hijo

La Audiencia de Sevilla encuentra culpable a una madre por su "laxitud y tolerancia" a la actitud violenta de su vástago

EFE - Sevilla - 22/03/2008

La Audiencia de Sevilla ha condenado a una mujer a pagar 14.000 euros de multa por una agresión de su hijo en el Instituto de Secundaria en el que estudia. El tribunal considera que la "laxitud y tolerancia" de la mujer a la hora de educar al menor han motivado el comportamiento violento del adolescente. La multa pagará el tratamiento para recomponer los dientes de otro menor, compañero de Instituto Castilla de Castilleja de la Cuesta, Sevilla. En el juicio, la mujer intentó desviar la responsabilidad hacia el centro educativo por no hacer "labores suficientes de vigilancia" de los alumnos, pero la sentencia estima que los adolescentes no necesitan una vigilancia tan rígida, sino que "la brutalidad e intensidad" de la agresión evidencian "una falta de inculcación o asimilación de educación y moderación de costumbrse en el agresor para la convivencia en valores".

La Audiencia confirma así el primer fallo judicial que hablaba de una "incorrecta educación", que los jueces equiparan a aquellas situaciones en las que los progenitores "permiten o no se preocupan de controlar que sus hijos no lleven al centro escolar objetos que puedan resultar en sí mismos peligrosos". (Ler original aqui)

terça-feira, 4 de março de 2008

Crianças Aprendem Ética Imitando os Pais

O americano Robert Coles, psicanalista da Harvard Medical School e autor do livro "Inteligência moral das crianças" (Editora Campus), também alerta que a integridade ética do adulto começa a ser construída na família:
- Os pais são os mestres da ética na formação dos filhos. A criança é uma testemunha atenta da moralidade dos adultos ou de sua ausência. Ela busca sugestões de como se comportar e as encontra quando os pais fazem opções, mostrando, na prática, seus valores e suas opiniões.

Coles amplia, na direção da ética, o conceito de inteligência múltipla de outro professor de Harvard, Howard Gardner, autor de "Molduras da mente". Para Gardner, há disparidades entre carácter e intelecto que, segundo Coles, podem se integrar nos tipos de inteligência moral:

- As experiências provam que as crianças aprendem em casa a ser solidárias. Esse aprendizado resulta do dia-a-dia e é sinal de inteligência moral. Para o psiquiatra Alfredo Castro Neto, as mentiras, as chantagens emocionais e as distorções de fatos são comportamentos comuns, especialmente entre pais divorciados que, para manterem os filhos como aliados ou até mesmo como súbditos, corrompem a saúde emocional da criança:

- As crianças que chegam ao meu consultório com fobias, ansiedades e desvios de conduta vivem muitas vezes sob o fogo cruzado de pais separados que falam mal um do outro para a criança, tornando sua vida um desespero, sem referências morais e sem vivências afectivas. Tenho o desenho de um menino de 8 anos que mostra bem essa situação. Ele estava num barco e, à sua volta, pegava fogo em tudo.
Ele vivia no meio de uma guerra dos pais - conta.


Há ainda as mães que se apresentam aos filhos como vítimas abandonadas impiedosamente pelos maridos só para manipular as crianças na sua vingança pessoal contra o ex-cônjuge. - Essas mães são daquele tipo que se dizem amicíssimas dos filhos, que não têm segredos para eles e lhes contam tudo de sua vida. E mentem e exageram, para fazer dos filhos aliados e manipulá-los. Isso é honesto? Não, é uma conduta desonesta que corrompe a integridade ética da família - afirma o psiquiatra. (Clicar aqui para ler o resto)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Que Sabem As Mulheres Sobre Os Homens

A experiência de uma mulher que quis conhecer o Universo masculino e descobre que afinal o mundo parece ser mais fácil para elas do que para eles, contrariamente à formatação social de esteriótipos... Ver vídeo aqui

Alimentar Conflitos é Bom Negócio

Uma cadeia inglesa de lojas (Superdrug) teve de retirar das suas prateleiras de supermercado um boneco de Boxe, com forma masculina que encorajava, portanto, as mulheres à violência contra os homens com espaço até para se colocar a foto masculina do indivíduo a agredir... Uma organização dos direitos humanos (Mankind) protestou afirmando que se a loja não vende produtos idênticos relativos a mulheres e animais tal significa então que a violência anti masculina é algo de mais aceitável. A situação teve cobertura mediática e a loja aceitou retirar produto... (Clicar aqui para ler artigo)

A ideia de que a violência, particularmente a doméstica, se exerce exclusivamente no sentido do Homem para a Mulher para além de falso tem vindo a formatar, de modo insidioso, as mentalidade tendo natural repercussão nos textos legislativos... E como a classe política parece estar desatenta, a situação tende a agravar-se paralelamente à nossa desatenção social... Afinal Humanidade há só uma...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Técnicas de Manipulação

Estratégias e técnicas para a manipulação da opinião pública e da sociedade...

Clicar aqui e aqui para ler doc'S

domingo, 13 de janeiro de 2008

Mobbing

"O mobbing pode ser definido como o «relacionamento hostil e imoral praticado directamente de forma sistemática por um ou mais indivíduos contra outro indivíduo que acaba por se encontrar numa posição indefesa.» Conheça as várias facetas deste problema cada vez mais comum no quotidiano das empresas.

Ointeresse pelo mobbing surgiu na Suécia, por iniciativa de um grupo de estudiosos coordenado e dirigido por Heinz Leymann, o qual teve o mérito de teorizar (principalmente Leymann) um fenómeno de que se sentia inconscientemente a presença no mundo do trabalho(1). À medida que o tempo foi decorrendo, sentiu-se a necessidade de aprofundar mais os conhecimentos sobre a matéria, principalmente a partir da década de 80.

Porém, só em 1984 aparece a primeira publicação científica, na qual se empregava o termo mobbing como forma de vexação exercida no trabalho, tendo como objectivo o afastamento da vítima do mundo do trabalho. Nesta ocasião, Leymann decide utilizar esta única palavra mobbing para significar «relacionamento hostil e imoral praticado directamente de forma sistemática por um ou mais indivíduos contra outro indivíduo que acaba por se encontrar numa posição indefesa».(2)" (para ler resto do artigo clicar aqui)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Mediação Escolar, Peer Mediation

Site com recursos interessantes em diversas áreas escolares nomeadamente mediação... Para aceder clicar aqui